Médico conta procedimento para manter pacientes vivos em hospitais de Manaus, mesmo sem oxigênio

Um médico contou com mais detalhes como funciona a respiração manual.

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Manaus viveu uma verdadeira situação caótica nesta última semana. O principal distribuidor de oxigênios para os hospitais ficou sem estoque. Essa situação levou muitos pacientes com COVID-19 a morrerem de asfixia. Diante disso, se instaurou um verdadeiro caos nos hospitais e muitos médicos e familiares das vítimas foram até suas redes sociais para pedir apoio. Eles pediam para que quem tivesse os cilindros de oxigênio disponíveis, enviassem ao máximo possível para as redes de saúde.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais, mostra o desespero de uma profissional de saúde. Aos prantos, ela alega que muitas pessoas estão morrendo.

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https://twitter.com/Ticostacruz/status/1349755841633771534

Diante disso, foi necessário que muitos médicos realizassem a ventilação de maneira mecânica. Este é um procedimento cuidadoso e a grande maioria dos profissionais precisou passar por horas realizando a tarefa, o que causou um estresse e cansaço nestes profissionais.

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Na falta de ventilação eletrônica, os profissionais tiveram que recorrer ao chamado “ambu”, um reanimador manual auto inflável. Eles funcionam com o impulso das mãos, através de uma bombinha de borracha, conectadas por canais que chegam até o paciente.

O médico, Pierre Souza, forneceu mais detalhes e esclareceu que já participou de diversos rodízios entre os médicos, nos quais, se realizam a ventilação manual. Ele conta que muitas vezes os profissionais da saúde passam noites inteiras se revezando para realizar essa respiração no paciente.

Contudo, nem todos sobrevivem. Muitas vezes o paciente precisa de mais oxigênio do que é oferecido. É uma situação preocupante.

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Juliana Gomes
Colunista de notícias dedicada a escrever sobre os mais diversos assuntos. Sempre fui apaixonada pela arte da escrita e pela literatura.

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