Com paralisia cerebral, ela se formou em Letras aos 24 depois de ouvir que não conseguiria escrever: ‘Não acredite em quem não acredita em você’

Em tempos de tantas notícias ruins, a vida de Andresa Jerônimo acaba se tornando um pequeno refúgio para um sorriso. A jovem é guerreira e sabe disso, depois de anos contrariando as expectativas médicas e se superando um dia de cada vez.

Jerônimo tinha 6 anos quando ouviu uma previsão assustadora. Ela nasceu com paralisia cerebral e, naquele ano, ouviu de professores que não conseguiria aprender a ler e escrever. É claro que são palavras duras para qualquer criança, mas Jerônimo não se deixou abater.

Ela teve apoio e incentivo dos pais, insistindo nos estudos. A jovem tem 24 anos hoje e se formou em curso Superior de Letras, contrariando a todos. Natural de Orlândia, ela conta que o incentivo da mãe foi determinante e que talvez sem ele não teria entrado no ensino regular.

Sem dar ideia para o que os professores diziam, dona Maria Veríssima usou o material escolar do filho mais velho para ensinar Andresa a ler, dentro de casa mesmo, sozinha. “Ela aprendeu super rápido, começou a ler gibi e se apaixonou pelas letras”, conta a mãe.

A trajetória não foi fácil, foram muitos os percalços pelo caminho, especialmente pela falta de acessibilidade. A família precisou lutar para garantir à jovem o direito de estar na sala de aula, mas deu certo.

Agora, com o diploma em mãos, Andresa faz questão de incentivar outros jovens com algum tipo de deficiência. “Não acredite em quem não acredita em você”, ela afirma.