Desde antes da crise, milhares de pessoas pelo Brasil recorrem ao trabalho informal para gerar alguma renda e dar suporte familiar. Uma das práticas mais presentes, em qualquer lugar do país, é a coleta de lixo reciclado.
O trabalho é pesado e geralmente mal remunerado, mas para muitas famílias é a única forma de renda. Pensando nisso, um grupo criou a ONG Pimp My Carroça, o que acabou levando ao Projeto Carroças do Futuro, em que pesquisadores desenvolveram carroças elétricas.
A ideia é que essas carroças possam facilitar o trabalho de quem passa horas do dia sob o sol e chuva catando recicláveis. Agora, o público alvo principal são as pessoas com alguma dificuldade ou limitação motora.
Um dos beneficiados do projeto é Wellington Pereira, jovem de 23 anos com paralisia cerebral, que chega a trabalhar 12 horas por dia. O motor da carroça chega a percorrer 5 quilômetros por hora. Antes, ele trabalhava com uma bicicleta adaptada que ganhou de presente.
O projeto nasceu inspirado em um outro projeto que atende a essa comunidade. O artista Mundano é conhecido por estilizar as carroças de catadores e defende que a profissão seja valorizada. O projeto do artista acabou atraindo o olhar do Pimp My Carroça.
A ideia foi desenvolvida em parceria com os próprios catadores, que foram opinando de acordo com o desenvolvimento. O público atendido ainda é pequeno, mas a expectativa é que isso possa mudar.