FBI investiga o surgimento de uma ameaça racista na garagem do único piloto negro da Nascar, associação de corrida famosa nos EUA

Há poucas semanas, Bubba foi uma peça fundamental para mudar o regimento interno da categoria, que passou a proibir o uso da bandeira confederada, uma espécie de símbolo da segregação racial.

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Darrell ‘Bubba’ Wallace é o nome central da Nascar, associação automobilística estadunidense, não apenas por ser um grande piloto, mas por ter se transformado em um símbolo de resistência dentro do esporte. Bubba é o único piloto negro da Nascar, o que rende ataques racistas.

Há poucas semanas, Bubba foi uma a fundamental para mudar o regimento interno da categoria, que passou a proibir o uso da bandeira confederada, uma espécie de símbolo da segregação racial, racismo e discriminação dos Estados Unidos.

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Um novo caso envolvendo o piloto tem gerado revolta no país, especialmente em decorrência dos últimos levantes anti-racistas que têm tomado conta das ruas dos Estados Unidos. Uma forca foi encontrada na garagem de Darrell Bubba.

O FBI investiga o caso e procura determinar quem foram os autores. O ataque aconteceu no Alabama, estado de onde Bubba é natural. A forca era o método de execução usado pela Ku Klux Klan para matar negros.

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A ameaça foi encontrada no mesmo dia em que grupos de supremacistas brancos realizaram uma carreata pelos arredores de Talladega, onde fica o circuito, portando bandeiras confederadas e defendendo discursos racistas.

O governo do Alabama se manifestou em solidariedade ao piloto e também cobrando investigações sobre o caso. Presidente do time pelo qual Bubba compete, Richard Petty lamentou o fato e afirmou que “não há espaço para racismo”, cobrando punições aos autores.

Bubba foi uma das várias personalidades estadunidenses a se manifestar publicamente contra a ação da polícia no caso George Floyd. O homicídio de Floyd reacendeu uma ferida aberta nos Estados Unidos e provocou uma onda de manifestações.

O piloto recebeu apoio de colegas da categoria, atores, atletas de outros esportes, empresas e, principalmente, dos fãs de Nascar. Em seu instagram, Darrell afirmou estar “enojado” pelo ataque em sua garagem e cobrou ações da justiça.

O caso vem sendo investigado, mas pode não render grandes punições aos envolvidos. Diferente do Brasil, os Estados Unidos não possui uma tipificação ao crime de racismo e o ataque pode não ser considerado ameaça pelos investigadores.

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Roberta R
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