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Histórias trágicas e comoventes acabam ganhando as manchetes pelo país depois do maior apagão de oxigênio da história em Manaus. No último dia 15, diversos hospitais do Amazonas assistiram sem poder fazer nada o desabastecimento do material.
Denis Lopes Santana, de 32 anos, assistiu completamente impotente a morte da sogra. Francisca Elisabete Costa, de 45 anos, estava internada lutando contra a covid-19. Ninguém poderia prever que naquela madrugada o oxigênio acabaria.
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O oxigênio é uma das ferramentas mais básicas e indispensáveis contra a covid. Tanto para pacientes intubados, quanto para aqueles que estão apenas recebendo suplemento de oxigênio, trata-se de algo que realmente pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Francisca ficou algum tempo sem oxigênio, o que agravou seu quadro rapidamente. Depois de algum tempo, que não foi especificado pelo genro, chegaram novos cilindros, mas o quadro dela já era grave e a paciente faleceu apenas 40 minutos depois, vítima de um ataque cardíaco.
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O cenário foi visto por todos que estavam no local, já que não existe UTI na unidade e a enfermaria é aberta. Denis conta que todos os profissionais se mobilizaram, tentando fazer alguma coisa, mas o cenário era desesperador. Naquele dia, conta Denis, foram 9 mortes.
Denis, que é pastor evangélico, conta que a família ainda está se recuperando do golpe. Eles esperam a passagem de alguns dias para avaliar com calma a viabilidade de um processo judicial. “O sentimento que temos é de impunidade, de indignação”, afirma.