Depois de sonhar por algum tempo em ser enfermeiro, Thiago Teixeira de Araújo, de 18 anos, se matriculou no curso. Esse passo importante foi dado em janeiro deste ano, enquanto o jovem ainda trabalhava como operador de telemarketing.
Naquele mês, ninguém poderia prever o que aconteceria dentro de poucas semanas. A covid-19 se alastrou, o mundo declarou emergência e as consequências da pandemia para muitas pessoas acabou sendo o desemprego.
Thiago foi um dos tantos que perderam o trabalho, mas ele tinha um sonho e não estava disposto a abrir mão dele. Como única alternativa para se virar durante esse período e não abrir mão do curso, ele decidiu catar latinha nas ruas.
Os pais de Thiago não possuem condições financeiras de assumir as mensalidades da faculdade, mas apoiam o filho como podem. A mãe está desempregada e realiza pequenos bicos, enquanto o pai trabalha como mecânico.
Com o dinheiro das latinhas, Thiago conseguiu pagar a última mensalidade que faltava para concluir o primeiro semestre. Os pais precisaram completar, já que ele reuniu apenas um terço do valor vendendo as latinhas. Agora a luta é para seguir com o estudos.
Sobre ter sido forçado a trancar a matrícula, Thiago diz que foi “um balde de água fria”. Sobre a escolha do curso, o rapaz afirma que se trata de “um sonho de ajudar o próximo”. Mesmo com as dificuldades, o garoto não pensa em desistir do sonho.