Após ter suas condenações anuladas, no âmbito da força-tarefa em Curitiba (PR), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, na última segunda-feira (8), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, veio a público pela primeira vez nesta quarta-feira (10).
Em um discurso com que aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre vários assuntos, afirmou que a anulação das sentenças era um pedido de seus advogados desde o ano de 2016 e que embora a decisão ao seu favor tenha sido demorada, chegou em boa hora.
Lula falou sobre a corrida presidencial que acontecerá em 2022 e revelou que o PT (Partido dos Trabalhadores), não tem candidato definido e que a convenção do partido irá decidir quem entrará na disputa no ano que vem.
Mas um dos destaques do dicurso do ex-presidente Lula foi a homenagem que ele fez as vítimas da pandemia da Covid-19 e as duras críticas que fez ao presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido – RJ), no enfrentamento do novo coronavírus.
Luiz Inácio fez questão de ressaltar que várias farmacêuticas ofereceram vacinas para o Brasil em meados de 2019 e que Bolsonaro se recusou a comprar, deixando o povo desprotegido. Lula afirmou que optar pela vacina não é questão de dinheiro, mas uma escolha entre a vida e a morte.
“É uma questão de saber qual é o papel de um presidente da República no cuidado de seu povo, porque um presidente da República não é eleito para falar bobagem e fake news, não é eleito para incentivar a compra de armas como se tivéssemos necessitando de armas”; afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula acrescentou a afirmação de muitas das mortes causadas pela Covid-19 poderiam ter sido evitadas caso Bolsonaro tivesse enfrentado a pandemia com responsabilidade. Elogiou o SUS (Sistema Único de Saúde) e disse ter certeza que se não fosse a capilaridade do SUS em todo o Brasil haveria muito mais mortes.
Por fim; Lula disse que Bolsonaro demitiu até o ‘Zé Gotinha’, acreditando que ele era petista.
“Cadê o nosso querido Zé Gotinha? Bolsonaro mandou embora achando que era petista. Não tem nada a ver com o PT, ele era suprapartidário, era humanista. Queria que vocês meditassem, esse país não tem governo, não tem ministro da saúde da economia. Tem um fanfarrão”, completou.