Nuvem de elementos radioativos atinge ar de Noruega, Finlândia e Suécia; Rússia nega responsabilidade

O Instituto Nacional norueguês de Saúde Pública emitiu um comunicado sugerindo que os contaminantes poderiam ter vindo de um eventual vazamento de usina nuclear na Rússia.

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Na última semana, pesquisadores escandinavos identificaram isótopos radioativos em quantidades acima do normal na atmosfera de pelo menos três países, Noruega, Finlândia e Suécia. Uma análise concluiu que o contaminante teria vindo da Rússia Ocidental.

O Instituto Nacional norueguês de Saúde Pública emitiu um comunicado sugerindo que os contaminantes poderiam ter vindo de um eventual vazamento de uma usina nuclear. A alegação levou a Rússia a se manifestar e negar ter qualquer envolvimento na presença dos radioativos.

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Ainda no comunicado russo, nenhuma das usinas, em Leningrado e Kola, registraram qualquer tipo de anomalia. O órgão afirmou que nenhum registro de vazamento foi registrado em nenhuma das duas usinas do país, negando que tenha responsabilidade na descoberta escandinava.

Ainda de acordo com o comunicado, nenhum nível de radiação apresentou elevação em nenhuma das duas instalações no mês de junho. A situação segue sendo monitorada por especialistas, mas a princípio não oferecem risco à saúde.

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Lassina Zerbo, uma das referências da Suécia no âmbito nuclear, secretário da Organização de Tratado de Proibição, assinado por 182 países, que visa o fim dos testes nucleares, afirmou que o aumento nos níveis de radiação foram observados nos dias 22 e 23 de junho.

CASO DE CHERNOBYL

Um dos maiores medos em relação às usinas nucleares são justamente os riscos de vazamento ou explosões. O caso de Chernobyl é um dos mais emblemáticos da história da humanidade. A nuvem de radiação de Chernobyl atingiu uma imensa extensão de terra.

Ainda de acordo com Zerbo, a nuvem observada nos três países não oferece riscos a saúde mas deve continuar a ser monitorada. A presença dessas substâncias, em níveis altos, pode oferecer riscos inúmeros a saúde e até mesmo causar a morte.

Pesquisadores divergem sobre o número de mortes no caso de Chernobyl. Enquanto alguns apontam um número em torno de 50 mortes imediatas, um levantamento de 2005 afirma que foram cerca de 4 mil mortes imediatas à explosão.

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Roberta R
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