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Vivemos em um mundo onde a preocupação com a imagem, por vezes, extrapola o bom senso e acaba padronizando tipos de belezas em ideais “perfeitos” e irreais.
São tantos corpos, cabelos e aparências que viram modelo de ideal… na mesma proporção em que as pessoas cada vez mais se sentem frustradas por não alcançar esse padrão. Cada corpo tem a sua peculiaridade, sua história de vida e isso deve ser respeitado.
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Essa é postura que Marcela Mattos, estudante de jornalismo, de 25 anos, adota no seu cotidiano. A jovem nasceu com um tumor no lugar de um dos olhos e foi operada com apenas vinte e oito dias.
Ela lembra que passou por situações desagradáveis, por conta da sua aparência, tanto na infância e pré-adolescência. E foi aos dezoito anos, ao ficar com um rapaz, que percebeu seu poder de seduzir. Foi quando decidiu conhecer mais gente e se relacionar mais.
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Nessa fase, já estava segura em relação a sua bissexualidade e consciente de como pode ser difícil ser diferente.
No dia 19, segunda-feira, Marcela tomou um susto ao ver o número de curtidas que uma foto sua recebeu no Twitter: mais de 160 mil! É que uma amiga dela retuitou a publicação e acabou viralizando.
A jovem estudante de jornalismo conta que o que mais a emocionou foi o fato de perceber que a sua deficiência não era o centro das atenções, e sim sua maquiagem, seu estilo.
Atitudes como a de Marcela parecem simples. Publicar uma foto sua. Falar de si. Mas tais coisas não são fáceis. E são extremamente importantes para incentivar aqueles que ainda têm vergonha de seus corpos. Que acreditam que o belo está só nas capas de revistas ou nos perfis de redes sociais dos famosos. Ser diferente é normal. Cada corpo é belo do seu jeito. E bonito mesmo é valorizar a sua história.
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