O engenheiro Leniel Borel acabou ganhando a atenção do país por um dos motivos mais doloros possíveis. No dia 8 de março, na madrugada daquela segunda-feira, ele soube da morte do filho, o menino Henry.
Henry havia passado o fim de semana com o pai e vídeos mostram que o menino estava bem, saudável e feliz, na companhia do pai. Leniel revelou que a entrega do menino a mãe foi marcada por choro, desespero e até mesmo vômito. Henry não queria voltar.
O que Leniel não sabia naquele momento é que Henry vinha sendo covardemente agredido por Jairinho, namorado de sua mãe. Os três viviam juntos em um apartamento de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Agora, Leniel se dedica a aprovação do Projeto de Lei Henry Borel, que leva justamente o nome da criança. Leniel argumenta que o estado deve enrijecer as penas contra padrastos e madrastas em casos de homicídio.
Leniel afirma ter consciência de que o projeto não trará seu filho de volta, mas argumenta que uma mudança na lei pode prevenir que outras famílias enfrentem aquilo que ele está enfrentando.
A proposta é do aumento de até um terço da pena para madrastas e padrastos, eliminando a relação familiar como único qualificador. Leniel cita o caso de Isabela Nardoni. De acordo com as investigações, a madrasta da menina foi quem efetivamente cometeu o crime, enquanto o pai teria tido participação secundária.
No entanto, o pai teve uma pena maior porque foi agravado, na pena, o fato de que ele era pai da menina. No caso da madrasta, não houve um agravador porque ela não era mãe da menina.