‘Salvei vidas, mas não a dele’: técnica de enfermagem desabafa depois de perder o marido para o coronavírus no hospital onde trabalha

Alan Sozzi, 39 anos, era tatuador e bem conhecido na região onde atuava no litoral paulista, em Praia Grande. Sozzi começou a ter sintomas no dia 10 de agosto.

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Viviane Sozzi é técnica de enfermagem na UTI do mesmo hospital onde o marido, Alan, morreu aos 39 anos vítima da covid-19. Na unidade, Viviane já auxiliou na recuperação de muitos pacientes, mas não pôde fazer nada pelo próprio marido.

Alan Sozzi, 39 anos, era tatuador e bem conhecido na região onde atuava no litoral paulista, em Praia Grande. Sozzi começou a ter sintomas no dia 10 de agosto, se queixando de cansaço, dor no corpo e apresentando febre.

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Alan foi ao hospital em uma primeira ocasião, mas foi atendido e mandado para casa. Depois, apresentou nova piora e foi socorrido pela esposa, Viviane, que o levou de carro até uma tenda de triagem da covid. Ele foi encaminhado para o hospital de campanha do município.

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A família no aniversário de 8 anos da caçula.

O quadro, no entanto, exigia maiores cuidados e o tatuador foi enviado a UTI do Hospital Irmã Dulce, onde logo deu entrada. Alan estava internado na UTI exclusiva para pacientes de covid, Viviane é técnica da UTI Geral.

“Era muito sofrimento saber que ele estava ali”, desabafa. A mulher revela que o golpe está sendo doloroso para toda a família. Viviane conta que foi incentivada pelo marido a se formar técnica de enfermagem e que ele brincava sobre o futuro.

Alan morreu na madrugada do último dia 23, por complicações da doença, na UTI do hospital. No dia, Viviane havia levado um desenho feito pela filha, de 8 anos, que queria desejar força para o pai voltar para casa.

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Roberta R
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