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Uma cidade equatoriana conhecida como Guayaquil acabou sofrendo um surto violento de coronavirus e seus necrotérios, cemitérios e hospitais ficaram superlotados, entrando em colapso.
O caos se instaurou de maneira assustadora e cadáveres ficavam empilhados em contêineres que foram instalados nas unidades hospitalares para que seus parentes pudessem fazer o reconhecimento.
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Nesse contexto, somente quatro meses depois de tal crise é que o Laboratório de Criminalística da Polícia Nacional e Investigações começou a entregar para as famílias cerca de 50 corpos que estavam armazenados.
Ainda existe mais mortos que estão em estado de decomposição aguardando para serem identificados. O marido de Silvia Guzmán, Félix Merchán, foi um dos reconhecidos.
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A mulher conta que seu esposo estava bem, mas começou a apresentar sintomas da doença e foi levado ao hospital durante uma madrugada. Entretanto, não havia leitos disponíveis no local nem nos arredores.
A família percorreu várias clínicas e hospitais até encontrar uma que possuía espaço disponível apenas na sala de emergência, onde o homem foi deixado na cadeira de rodas e acabou morrendo nos braços de sua esposa.
Depois que ele faleceu, os médicos retiraram a mulher porque havia risco de contaminação. Ela preencheu vários formulários, mas depois não encontrou o corpo do marido.
Após voltar ao hospital no dia seguinte. eles disseram a viúva que deveria procurar o corpo do falecido no necrotério do hospital. Entretanto, os corpos estavam empilhados e não foi possível encontrar seu marido.
A esposa queria dar um enterro digno ao amado. E somente quatro meses depois de sua morte foi possível. Finalmente, a mulher encontrou o corpo de seu marido e pôde enterrá-lo.